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domingo, 5 de dezembro de 2010

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

            Nessa última década é perceptível um grande avanço tecnológico, mas parece que a escola não assimilou essas transformações, permanecendo inerte e, até mesmo, obsoleta frente às demandas da sociedade moderna.
            Eu concordo com o professor Ladislau Dowbor quando ele diz que  “o espaço do conhecimento está se multiplicando e a escola não está se articulando, só repete.”  Embora também ache que equipar as escolas com computadores, entre outras tecnologias, sem transformar o paradigma tradicional de educação é mero “deslumbramento”, como citado no texto de Paulo Blinkstein, quando ele fala das sereias...
            Mas as TICs tem sim, um grande potencial para trazer mudanças à Educação, desde que haja transformação na metodologia de ensino.  Como afirma Dowbor em entrevista, nos dias de hoje há muito conhecimento produzido e o aluno precisa aprender a ter acesso a esses conhecimentos, saber selecioná-los e, indo mais além ser capaz de produzir novos conhecimentos.  Deste modo a escola será capaz de formar cidadãos críticos, que sejam contínuos aprendizes e preparados para as exigências dessa nova sociedade.  

            Achei muito interessante seu texto e também acho que as tecnologias estão se inserindo na escola, mas não na mesma velocidade que estão presentes em nosso cotidiano, há muita disparidade no trabalho desenvolvido de uma escola para outra.   Quando se falou em produzir uma vídeo-aula, por exemplo, parecia ser o fim das aulas expositivas, deixando a monotonia de lado, prendendo a atenção dos alunos em algo interessante e isso é muito bom. Por outro lado, quase toda escola possui DVD, mas não há material compatível ou os professores desconhecem este material na escola, então passam vídeos repetidos, sem qualquer objetivo pedagógico (para poder corrigir provas, preencher diários, etc.). Este não é um uso significativo das TICs. Abraço.   

SOU PROFESSOR-APRENDIZ

Olá, meu nome é Marizete, tenho 34 anos. Professora formada desde 1993, porém só comecei atuar em 2003, o que exigiu atualização urgente. Logo prestei vestibular para o consórcio CEDERJ e fui aprovada para a primeira turma de Pedagogia para as series iniciais.
Acho que a profissão do professor não mudou muito, ainda existe aquele ambiente em que o professor ensina e o aluno aprende, nos mesmos moldes em que fui formada. Tenho observado que por mais que insista numa prática interativa, a participação é mínima, o que, além de dificultar uma relação mais próxima com os alunos, o aproveitamento em termos de aprendizagem também deixa a desejar.
Podemos ver algumas mudanças nessa relação professor-aluno, mas ainda estamos longe do ideal.  A tecnologia sozinha não vai trazer mudanças significativas se não houver um trabalho bem elaborado e que atenda as necessidades dos alunos.
 Não é tarefa fácil utilizar os computadores como um recurso didático na prática pedagógica de modo a tornar significativa a aprendizagem. Acredito que a formação em informática educativa pode colaborar.
Como professora devo estar aberta às novas formas de desenvolver meu trabalho. Estamos nos deparando com novas formas de aprender e nos relacionar com o conhecimento, ao mesmo tempo devemos estar preparando nossos alunos para esse novo contexto no qual estão inseridos. Assim, todos nós devemos nos qualificar para enfrentar esses e outros desafios que se seguirão.
Como aprendiz sou muito curiosa,necessito descobrir cada vez mais novas maneiras de me especializar, pois um dos maiores desafios que nós professores enfrentamos atualmente é, sem dúvida, a necessidade de aprender novas formas de ensinar para que a aprendizagem ocorra nos moldes da atual sociedade.

“Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”. Paulo Freire

BLOCO DO PASSO - LUCAS CIAVATTA


            O trabalho “Saltos no Tempo” com o Bloco do Passo é muito interessante e bem dinâmico. É necessário ter muito ritmo, disciplina, capacidade de memorização e nesse ponto, utilizar as partituras em slides foi uma grande sacada, pois assim é possível visualizar o resultado pretendido.
            De acordo com Ciavatta, a necessidade de criação do Bloco do Passo surgiu num momento de percepção das dificuldades de aprendizagens de seus alunos. O que o inquietou bastante e o levou a desenvolver esse desafio, no qual o aluno é um agente ativo na construção de seu próprio conhecimento.
            O trabalho do professor Lucas e do Bloco do Passo nos dá uma demonstração do quanto podemos inovar na nossa prática pedagógica e ao mesmo tempo criar situações positivas, através do uso da imaginação e das habilidades de cada um, desta forma refletindo no resultado de todo o grupo. Na medida em que motivamos, desafiamos os alunos na construção do conhecimento ou da superação de suas dificuldades, estamos dando a eles a oportunidade de trilhar novos caminhos para o enfrentamento dos desafios diários, sendo mediadores do seu processo ensino-aprendizagem.
            Podemos utilizar algumas atividades semelhantes na escola. Quando notamos a ausência de ritmo na leitura dos alunos e isso acontece até mesmo no quinto ano, podemos trocar as leituras ensaiadas e repetitivas pelo uso de palmas para melhorar a entonação. Fazendo com que prestem atenção ao som e repitam na ordem certa. Podemos como Lucas Ciavatta, elaborar um esquema visual para que os alunos acompanhem o exercício.
            Podem assistir ou, até mesmo, produzir vídeos com temas propostos e através da música, dança e de outras manifestações artísticas poderem se expressar. Da mesma forma considero possível elaborar um trabalho com uma apresentação posterior para que eles mostrem o quanto são capazes e criativos.
            Considero que todo o trabalho desenvolvido com alunos deve, em vista da crise de valores que se encontra nossa sociedade, ser um trabalho que envolva o coletivo através da colaboração, solidariedade, respeito pelas diferenças.
            Existe indiscutivelmente necessidade de disciplina e estabelecimento de limites, porém não podemos deixar que nossos alunos deixem de se expressar, colocando suas opiniões e criatividade a mostra, para que mais tarde como membros da sociedade também tenham a capacidade de almejar mudanças expondo suas ideias.
Marizete